quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O noivo é escravo e pode ser vendido


O noivo é escravo e pode ser vendido

Casamento entre escravos. A família podia ser separada se um dos cônjuges fosse vendido.[Gravura colhida da rede].
 Já aqui escrevi sobre a escravatura e publiquei a notícia do testamento do padre Francisco Alves, proprietário de quatro escravos, no século XVII.
Entre os escravos do padre, fiz uma referência especial à sua escrava mulata, Margarida, que fora ricamente dotada pelo sacerdote, inclusive, com a carta de alforria, e que veio a casar com o marroteiro, homem livre dirigia o trabalho dos operários nas salinas de Aldeia Galega do Ribatejo.

Margarida foi bem-sucedida no casamento. Teve uma filha, que foi dotada também pelo sacerdote.
Mão amiga fez-me chegar uma informação sobre outro casamento, em que ambos os nubentes eram escravos, e que se realizou na paróquia de Aldeia Galega do Ribatejo.

No distante ano de 1578, Rodrigo Álvares, escravo, e Filipa Jorge, escrava forra, casaram na paróquia de Aldeia Galega do Ribatejo. Durante a cerimónia, o proprietário de Rodrigo levantou problemas àquela união declarando que poderia vender o seu cativo. Interrompida a cerimónia, o padre alertou a noiva sobre a questão, e esta declarou que iria com o seu marido se ele fosse vendido.

Unidos pelo amor na alegria e na desgraça.

Quantas interrogações ficam sem resposta...

Ruky Luky

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