quinta-feira, 29 de março de 2012

O caldo entornado

A movimento de defesa do Cais dos Vapores fez revelar a ténue camada de verniz democrático de que estavam revestidos alguns dos mais proeminentes dirigentes socialistas de Montijo. Face à contestação popular a presidente da Câmara Municipal de Montijo viu nos defensores da opção Cais dos Vapores pessoas com «frustrações, ausência de projectos, ausência de políticas, (que) encobrem uma mediocridade muito grande. São pessoas frustradas política e profissionalmente e que não correspondem às mudanças que os novos tempos trouxeram nem aos desafios de modernidade.» Mas a caravana continuou a passar...

Os defensores da opção Seixalinho não conseguiram fundamentar o porquê do modo e do tempo da deslocalização do cais. Os argumentos seriam risíveis se não estivesse em causa o futuro de Montijo, que ficou deveras hipotecado.

Mas recuperemos alguns dos argumentos invocados pelos defensores da deslocalização do cais para o Seixalinho, cujos arautos foram dois dos principais dirigentes socialistas concelhios, que tão preocupados se mostraram, então, com as minhocas.  

·        Apoiar a Transtejo em melhorar as carreiras e exigir mesmo o aumento do número destas assim como qualidade dos transportes.

·        Impactes ambientais muito negativos causados pela vinda dos catamarans até ao Cais dos Vapores.
·        Destruição dos muretes das salinas.

·        Naufrágio dos pequenos barcos dos pescadores.

·        Dragagem no Cais dos Vapores prejudica as minhocas.

·        Transtejo suspenderá, a curto prazo, a ligação Montijo/Lisboa com navios rápidos, devido à degradação progressiva das condições de navegabilidade do canal do Montijo e aos problemas ambientais criados.

·        Valorização e requalificação do Cais dos Vapores, dotando-o de um porto de recreio, com apoio às diversas actividades náuticas, sedes de clubes, prevendo-se a instalação de restaurantes e actividade terciária.

 Ruki Luki

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