quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Imenso Adeus ao Cais dos Vapores - “Montijenses, alerta!”

    Cais dos Vapores

1998

31.01 – César Ventura - «Montijenses, alerta! Consta que a TT – Transtejo e outras entidades nos querem tirar o único privilégio que temos como Montijenses: as carreiras fluviais dentro do Montijo. Em proveito de quem? De pessoas completamente alheias aos interesses do Montijo e da sua população. Querem obrigar-nos a utilizar transportes colectivos, ou carros próprios – com notável acréscimo de despesas – em bichas e safanões e toda uma gama inteira de incomodidades numa viagem até ao Seixalinho.»

7.03 – O presidente da comissão política concelhia do Partido Socialista, José Bastos, em coordenação com o Executivo Municipal liderado por Maria Amélia Antunes apresenta publicamente o interface de passageiros no Seixalinho, justificando que «só a transferência do Cais dos Vapores para o extremo poente da cidade, zona do Seixalinho, com um interface de qualidade, resolverá este grave problema (o do estacionamento) com as seguintes vantagens: alarga-se o perímetro da cidade, que continua a ter aspecto de vila. O parque de estacionamento do Cais dos Vapores ficará livre para quem aqui vier ou nos visita. No casco velho não estacionarão mais carros cujos proprietários vão apanhar o barco para Lisboa. O interface do Seixalinho ligado à circular externa contribuirá para o desenvolvimento de uma zona de qualidade a Poente da cidade. O facto de se tratar de um interface de interesse regional para servir vários concelhos, poderá ser argumento para pedir ao governo que construa a circular externa, pois a sua construção por parte do município, pelo menos a curto prazo é de impossível concretização por falta de meios financeiros. Se os barcos ficarem no Cais do Seixalinho evita que os barcos com a forte ondulação que provocam, continuem a destruir as salinas e provoquem o desaparecimento das mesmas. Melhora a vida dos poucos pescadores profissionais que ainda existem, pois a forte ondulação prejudica a faina da pesca. A existência de um cais a 20 minutos da Baixa de Lisboa, num transporte cómodo e agradável, contribui para que milhares de pessoas da região que utilizam este meio de transporte aumentem o turismo de restauração no Montijo.»

21.03 - Jaime M.P.Crato – «O Cais dos Vapores, pelo que representa para os Montijenses e para sua história, é uma peça fundamental da alma da cidade e o seu (possível) encerramento chocará com o que há de mais profundo na memória do Montijo. Sendo uma decisão polémica não deixará de abrir, certamente, chagas no tecido social e, por isso, se recomenda prudência e cautela e se aconselha que se afastem dos actos de puro voluntarismo, quiçá caprichosos, desfasados no tempo. Há, desde logo uma primeira razão para recebermos com cepticismo a mudança do cais. De facto, tratar-se-á de uma decisão de vulto, que não poderá basear-se em juízos apriorísticos e empíricos e, até hoje, não se conhece qualquer estudo técnico-científico sobre a recuperação da zona ribeirinha, influência das marés e do depósito dos lodos. Por outro lado, esconde-se que haja alternativas ao projecto de mudança. A proposta de construção de um interface no Seixalinho ignora qualquer estudo sobre a articulação dos transportes fluviais e rodoviários e o serviço que se tornará imperioso prestar aos bairros e freguesias do concelho, nem se debruçou sobre os potenciais impactos que a abertura da Ponte Vasco da Gama poderá ter sobre a utilização da travessia fluvial. A proposta do interface do Seixalinho nem se preocupa sequer com a ferrovia e com a possibilidade do Metro chegar ao Montijo. O que não é de admirar porque, como se disse, não se conhecem estudos sobre o complexo sistema de transportes nas sociedades modernas, mormente no Montijo.»

28.03 – Cipriano Pisco – «A decisão de transferir os barcos para o Seixalinho também levanta outros problemas, entre os quais o assoreamento cada vez maior do rio. Muitos montijenses da minha geração, e mais antigos, foram ao banho ao Moinho Velho, às escadinhas, à doca do peixe, ou ao cais onde atracavam o «Flecha», o «Zagaia» ou o «Montijense». Víamos passar as fragatas com os fardos de cortiça para Lisboa, as fragatas que descarregavam o lixo no Porto da Lama, ou o petroleiro da Mobil. O rio era navegável quase até ao Moinho da Lançada, mas actualmente chega ao cais dos barcos e não se pode ir mais além. Sabe-se que a draga vem abrir mais a cala quase todos os anos. Depois como será, ficará o rio inavegável do Cais do Seixalinho para cima?»

29.03 – Inauguração da Ponte Vasco da Gama

4.04 – Carlos Fradique – «O PS, na oposição, era contra os barcos no Seixalinho, agora no governo da Câmara já quer mudá-los para lá. Não nos parece haver necessidade nem justificação para deslocar os barcos para o Seixalinho, o que a concretizar-se seria um retrocesso na implementação de um novo, eficiente e moderno esquema de transportes a criar na nossa terra.»

11.04 – Filipe Carrera – «A mudança da estação fluvial de Montijo para o Cais do Seixalinho é uma opção que poderá ter mais custos que proveitos. Para além do custo acrescido da construção das novas infra-estruturas, os mentores deste projecto revelam uma perfeita insensibilidade em política de transportes, partem do seu caso pessoal e daí generalizando. Nem todos os montijenses têm possibilidades monetárias de sustentar esta mudança, dado esta implicar um aumento de despesas nos orçamentos familiares, quer para aqueles que tenham que ir de carro para o Seixalinho, quer para aqueles que tenham de utilizar os transportes públicos, dado o futuro cais se localizar numa zona em que quase ninguém irá a pé do Cais dos Vapores para o Seixalinho.»

Rui Jorge Aleixo – «Para quem não usa o barco como meio de transporte é fácil pedir que este seja mudado para o Seixalinho, para a ponta da Base Aérea nº 6, ou para outro local qualquer. A mudança do barco para o Seixalinho parece só interessar à Transtejo, que deixará de financiar a dragagem deste braço do rio, que gastará menos combustível nas carreiras. É pois importante não deixar que outros, aqueles que não andam de barco, decidam por aqueles que dele necessitam diariamente.»


                                           Acesso ao Cais dos Vapores - 1993.

18.04 – José António Gaspar – «Conheço as zonas ribeirinhas com alguma saudade, como os moinhos, as docas, o cais, a quebrada, a ponte do muro, as zonas onde íamos ao banho, etc. É sabido que esta terrinha à beira rio plantada foi aos poucos perdendo vida. Por força do progresso acabaram-se as fragatas que transportavam as mercadorias (refira-se que é uma pena não termos recuperado uma para aproveitamento turístico do nosso rio), a faina piscatória diminuiu (já são poucos os que resistem com algum estoicismo, estando ainda sujeitos a serem deslocados para o Cais do Seixalinho).Quem conhece o rio sabe que este por ter pouca corrente, ao não ser navegado, o lodo vai-se acumulando no fundo do leito, enquanto que a movimentação das águas originadas pela passagem dos barcos contraria esse assoreamento natural. Na margem norte, os barcos iam à Mobil, Robinson, Mundet e ao cais do Queimado e Tertejo com os cereais, mas o assoreamento destas zonas foi-se acentuando quando os barcos deixaram de utilizar aquela cala, e hoje são a prova (do que poderá acontecer à cala do Cais dos Vapores). Fazendo uma alusão à margem sul do rio, gostava de lembrar que antigamente os barcos navegavam na cala velha (em frente ao Cais dos Vapores), a sul do murraçal e pela cala de Sarilhos, depois foi feita a cala nova que é a actual, e, de então para cá, se compararmos com o antigo percurso temos a imagem como poderá ficar o nosso rio se os barcos passarem para o Seixalinho, como alguém que se julga dono da verdade absoluta sugeriu. Uma coisa é certa, os verdadeiros amigos desta terra que me viu nascer podem contar comigo para enfrentar esta batalha para que não deixem morrer o rio.»

Manuel Carreira (M.C.) – «Um projecto desta envergadura terá forçosamente várias componentes e diversas frentes de estudo, e não só. Eu sinceramente penso que nada será feito sem não haver antes um estudo profundo e aturado sobre tão sério como necessário empreendimento. Também muito sinceramente acredito no interface do Seixalinho como a resolução para alguns problemas, tão graves na nossa cidade, nomeadamente como a grande falta de estacionamentos e o aumento de trânsito, quase já insuportável no núcleo central/litoral da nossa cidade. Quanto ao assoreamento que alguns dizem inevitável (também penso que sim) entre o Seixalinho e o recente Cais dos Vapores (concretamente) tal obrigará necessariamente a um estudo (esquema) de limpeza que quem de direito, decerto, não descurará em todo e em complementação ao estudo que todo o projecto obrigatoriamente envolve.»

24.04 – A Comissão Política Concelhia do Montijo do PSD debate a transferência do cais para o Seixalinho concluindo que «a solução actualmente existente não está de todo esgotada e que a solução apresentada pelo PS é uma solução cara, tanto para o município como para os utilizadores do barco, que não irá melhorar em nada a qualidade de vida dos montijenses, pois ver-se-ão privados de um transporte de grande qualidade, localizado no centro da cidade.»

25.04 –M.C. Moreira da Costa – «Considero uma medida de grande alcance para o futuro a construção de um terminal fluvial no Seixalinho, com qualidade e a 20 minutos de Lisboa. Pessoalmente trabalho em Lisboa e utilizo o barco. Resido numa urbanização junto ao «Modelo». Quando se der a transferência para o Seixalinho não necessito mais do que cinco minutos (para estacionar e alcançar o barco) antes de chegar a Lisboa  20 minutos depois.»

Norberto Gaspar – «Se o Interface do Seixalinho é bom para o Montijo, justifique-se. Se ao contrário, não traz vantagens, então denuncie-se. E só então ponderados todos os prós e contras se opine então. Estando já como certo ser a Câmara a iniciar todo o processo prático, seria útil começar-se já a pensar em organizarem-se debates públicos, previamente agendados, para se falar sobre tão controverso assunto. Aqui não basta querer, é preciso, antes de tudo mais, saber.»

2.05 – Constituição da Comissão de Utentes do Barco.

 Fernando de Oliveira Caçador – «A mudança de embarque dos passageiros para o Seixalinho traria muitos graves problemas para a população do Montijo e neste caso a única entidade beneficiada seria a Transtejo, pois que para além de não gastar uns milhares de contos todos os anos com a dragagem da cala, ainda pouparia metade do combustível para os barcos. E mais, pergunto eu, teriam os utentes transportes suficientes a tempo e horas? Assunto tão melindroso a Câmara (não devia) resolver sozinha, terão que ser ouvidas as populações em geral. Se a Câmara não é a principal responsável, então que se imponha junto de quem de direito para que se não continuem a fazer asneiras, mais do que aquelas que se têm feito nesta terra.»

9.05 – A Comissão Política Concelhia do Montijo do Partido Comunista Português, em debate no auditório da Biblioteca Municipal, «junta a sua voz aos que exigem justificadamente à Câmara Municipal que abandone o projecto de transferência para o Seixalinho do actual cais de passageiros” e defende o alargamento do parque de estacionamento do Cais dos Vapores e que se inicie a construção da circular de saída do Montijo, numa primeira fase do Cais dos Vapores à Mundet e na fase seguinte até ao Apeadeiro de Sarilhos.»

22.05 – Vereador Nuno Canta (PS) - (a transferência do Cais dos Vapores) «é uma solução para resolver uma série de problemas de acessibilidades à cidade, para aumentar a comodidade dos passageiros, incrementar melhorias nos transportes colectivos e diminuir a utilização abusiva do automóvel particular. (...) o Laboratório Nacional de Engenharia Civil deverá avançar com um estudo para apurar dados sobre o assoreamento da cala junto ao Cais dos Vapores». (Não há uma ligação sentimental da cidade ao Cais dos Vapores porque este é) «relativamente recente.» (Promete que a deslocalização do cais vai permitir fortificar as margens do rio e construir uma grande avenida marginal, com um largo passeio pedestre, ao longo da cidade).

30.05 – César Ventura – “ (Deslocalizar o cais para o Seixalinho) será destroçar o povo do Montijo, tirando-lhe a comodidade que tem há mais de 100 anos: possuir carreiras, pode dizer-se, dentro de casa. Seria destroçar o resto do pouco comércio que ainda existe na Rua da Ponte, na Praça da República e todas as ruas em volta; seria pôr o rio inavegável junto à Ponte, com os lodos a aumentarem arrasando a cala. Não nos tirem os catamarãs a poucos minutos das nossas casas. Hoje vêm centenas de turistas visitar-nos devido à localização da gare; se fosse no Seixalinho não vinha um. Poucas cidades do mundo têm tal privilégio (de ter o cais “dentro de casa”). Alerto os montijenses: formem uma Comissão em defesa dos seus interesses, principalmente quanto à Ponte dos Vapores e à sua permanência. Estarei sempre presente”.

Rui Aleixo – «A proposta de mudança do Cais dos Vapores, pelo seu alcance e impacto no quotidiano montijense, bem merece ser referendada. Deve ser o Povo a decidir. Os interesses que estão em jogo ultrapassam os interesses partidários e poderão colidir com o futuro do Montijo. Espera-se assim que os partidos políticos e os cidadãos independentes que nos representam nas Assembleias das Autarquias, se despojem das bandeiras partidárias e ergam a bandeira do Montijo, e, sem tibiezas ou má-fé, implementem a realização de um Referendo. Deixem que os Montijenses digam o que querem. Vamos a votos!»

6.06 – José Bastos – «Um interface de qualidade a 20 minutos da baixa da capital poderá ser aproveitado para desenvolver o turismo do Concelho. A Câmara poderá publicitar os barcos noutras regiões em colaboração com a indústria hoteleira e com o comércio em geral e assim tornar o Concelho um ponto a ser visitado por turistas do País e do estrangeiro. Para chegar ao Seixalinho em transporte rodoviário é necessário estudar carreiras de autocarro de preferência a electricidade. As despesas com o transporte de ida e volta para o Seixalinho têm de ser negociadas com a Transtejo entrando-se em conta os benefícios que esta empresa tem com a transferência do Cais. Vamos construir um pontão para conseguirmos uma reserva de água na zona da Lançada e pôr caldeiras a funcionar e nunca mais haverá assoreamento do rio.»

13.06 – M.Guerreiro -«Da leitura comparativa das vantagens e inconvenientes para os utentes das carreiras fluviais e para a cidade do Montijo, referentes aos dois cais fluviais resulta como mais adequada ao desempenho da função a localização do actual Cais dos Vapores , devido por um lado, ao maior número de vantagens que usufruem os utentes, como sejam: a menor utilização dos meios de transportes terrestres, o menor número de transbordos, a boa acessibilidade a pé e fundamentalmente pela sua centralidade na área de influência do Montijo, por outro lado, no proveito que proporciona à própria cidade do Montijo, a permanente manutenção da navegabilidade do rio que lhe garante a sua  acessibilidade em um maior ritmo de vida e animação no centro da cidade aquando das chegadas e das partidas.»

Pinto Carreira - «A mudança para o Seixalinho acarreta mais custos ao preço das deslocações. Dificulta o acesso a velhos e crianças e a todos, num futuro próximo, vai provocar insegurança. Por sua vez quer o comércio citadino quer o fluxo turístico se iria ressentir de forma excepcionalmente vincada.»

Rui Jorge Aleixo - «Ser contra o Cais do Seixalinho não é ser contra o progresso, é antes do mais ser contra a ideia única do Seixalinho. O Futuro e o Progresso não são exclusivamente o Seixalinho. A mudança do Cais dos Vapores para o Cais do Seixalinho, a ter lugar, só deverá ser efectuada se se demonstrar, através de estudos técnicos, que é necessária e é a única alternativa e, neste caso, após estarem realizadas um conjunto de infra-estruturas, nunca antes, pois corremos o risco de ficarmos sem barco, sem circulares externas, sem pontões e sem Montijo.»

19.06 – Rui Aleixo propõe a realização de uma Assembleia de Freguesia para debater a questão «Cais dos Vapores ou Cais do Seixalinho? Que razões para a mudança?» por considerar que se estava a desenrolar uma discussão pública e que não era curial que os órgãos autárquicos se demitissem da mesma não esclarecendo cabalmente as populações.

20.06 – A Transtejo realiza um inquérito para saber a opinião dos passageiros sobre a mudança do cais para o Seixalinho, oferecendo uma caneta “Parker” a todos os que responderam ao inquérito. A empresa recusou-se posteriormente a divulgar os resultados remetendo as responsabilidades para a Direcção-Geral dos Transportes Terrestres.

Rui Aleixo - «Está por demonstrar que a opção Seixalinho é a única e a mais válida, que se não trata de um projecto pessoal, que, por ora, a maioria da população rejeita e não percebe nem os contornos nem as finalidades. Todos gostaríamos que, num passe de mágica, o rio fosse despoluído, a zona ribeirinha recuperada e a alegria voltasse àquelas paragens. Mas todos nós sabemos que os sonhos políticos só se convertem em realidade quando há capacidade financeira para os realizar e, em democracia, têm a concordância do povo. Por ignorância só temos dúvidas em relação ao projecto verbal de mudança do Cais do Seixalinho. E tornamo-nos cépticos quando não encontramos uma única resposta a todas as dúvidas que se levantam e dia a dia deparamos com as promessas fáceis da construção de um mundo novo a bordejar o Montijo.»

27.06 – Acácio Dores - «Seixalinho – Sim ou Não? Talvez, mas a seu tempo (...) Receamos muito seriamente que à problemática do interface do Seixalinho, dada a dinâmica que o poder autárquico socialista lhe está a imprimir, se venha a aplicar o conhecido ditado popular o qual cadelas apressadas dão à luz cachorros cegos. Não somos velhos do Restelo, nem impermeáveis às inovações. Bem pelo contrário. Não excluímos que a hipótese do interface do Seixalinho poder vir a justificar-se com uma evolução demográfica e urbanística que o torne necessário. Mas não já, nem a qualquer custo. Que o problema seja ponderado e, insistimos, honestamente estudado.»

César Ribeiro Ventura – «Chegou-se a uma conclusão onde o bom senso predominou numa maioria do povo montijense: NÃO DEVEM D’IR (para o Seixalinho). Ir seria o último golpe para o descalabro e para a ruína da cidade de Montijo. Pois, Senhora Presidente, está na hora H, chegou o momento, depois de estar provado o grande disparate que seria deslocar uma população de 40 mil pessoas todos os dias e todos os horários 8 quilómetros para ir a Lisboa, tendo a população do Montijo, há mais de cem anos, pode-se dizer, o barco dentro de casa. Para pôr termo a tal caso, que certo senhor levantou, o povo do Montijo espera de V.Ex.a. um não categórico à ida dos catamarãs para o Seixalinho. A bem do Montijo.»

Ruki Luki


Nenhum comentário:

Postar um comentário